Antigamente, a Gestão de Continuidade de Negócios (GCN) era explicada através de uma analogia com o estepe do carro. Ou seja, se algo negativo acontecesse em algum dos pneus, o estepe estaria à disposição permitindo a continuidade do trajeto. A comparação obviamente funciona para explicar a GCN de forma rápida e simples, mas a questão evoluiu bastante e, atualmente, envolve mais robustez, dinamismo e conhecimentos.
GCN é um processo congruente à segurança da informação, à compliance, à governança; em resumo, congruente às diversas práticas de gestão de riscos. Portanto, um tema notoriamente vasto. Sendo assim, este texto trará o recorte de alguns dos riscos que uma empresa assume quando negligencia a GCN.
Riscos da ausência da Gestão de Continuidade de Negócios.
Quando a Gestão de Continuidade de Negócios não é uma diretriz da empresa, ela fica desassistida para enfrentar crises e adversidades. Funções críticas, como por exemplo tecnologia, pessoas e fornecedores, ficam vulneráveis às consequências de intempéries internas e externas.
Sem GCN, há o risco de diminuição da capacidade de sobrevivência da empresa. A Samarco é um exemplo. A empresa que era um case de boas práticas em Gestão de Riscos, mudou suas diretrizes e sofreu os impactos. Sem uma gestão ativa, houve uma baixa na resiliência e o negócio enfrentou muita dificuldade para continuar.
Um outro risco é o desconhecimento do que necessita de mais proteção e a ausência de uma estratégia para adaptar e manter operações em situações adversas. Como a GCN contempla o desenvolvimento de um Plano de Continuidade de Negócios, a empresa toma consciência do que mais demanda atenção, quais os tempos máximos de parada e como ajustar trajetórias. Sem a gestão, a empresa fica desinformada e despreparada. Os dois riscos somados levam ao terceiro: insegurança dos direitos dos acionistas, clientes, colaboradores, parceiros e demais envolvidos com negócio.
Como percebido pelos principais riscos, a Gestão da Continuidade de Negócios propõe cenários negativos a fim de planejar a criação de condições de reação. É bastante comum a negação sobre crises e desastres na esfera pessoal. Quando pergunto em palestras: “o que você faria se ocorresse um incêndio na sua casa?”; “onde estão os documentos?”. Muitas pessoas afirmam estar completamente despreparadas. Mesmo que o assunto não seja agradável, é nítida a necessidade mínima de algum cuidado. Ao retornarmos para o cenário corporativo, a ausência do GCN pode, inclusive, levar ao fim do negócio.
_________________________________________________________________________
Quer saber mais sobre GCN? A DARYUS Educação oferece cursos na área. Confira!