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Como garantir a cibersegurança na área da saúde 

Com o crescimento da tecnologia e para oferecer aos pacientes mais comodidade, muitos hospitais, laboratórios e consultórios têm utilizado diversas ferramentas digitais como aplicativos para marcações de consultas, sites para verificação de resultados de exames, além de sistemas para autorização de procedimentos médicos. O fluxo e compartilhamento de informações nesse setor é amplo, por isso a necessidade em garantir a segurança e proteção de dados dos pacientes.

Para prejudicar ou enfraquecer a infraestrutura de qualquer país, o setor de saúde está entre os alvos de ataques clássicos de acordo com o National Institute of Standards and Technology (NIST). Localizado nos Estados Unidos, o instituto também lista áreas como setor financeiro, governo, transporte, alimentação e telecomunicações. 

Apesar dos cuidados com a segurança empresarial e corporativa, existem ameaças cibernéticas que podem ocorrer nesse ambiente como ransomwares, uma forma de código malicioso capaz de sequestrar dados utilizando criptografia. Os criminosos podem exigir resgate por meio de bitcoins ou outra criptomoeda e mesmo assim não existe a garantia de que a vítima terá os dados recuperados. Além disso ainda há tentativas de invasão hacker, sequestro de dados, vírus, fraudes e tentativas de roubo de identidade. Por isso a preocupação com a cibersegurança no setor de saúde está cada vez mais em evidência. 

Segundo a pesquisa Global Digital Trust Insights Survey 2022, realizada pela PwC, 83% das empresas brasileiras estimam elevar os investimentos em cibersegurança. É importante destacar que tanto o tema cibersegurança e a gestão de segurança da informação, não são voltadas somente para a tecnologia da informação. Para garantir a segurança cibernética na área da saúde, é necessário que toda a empresa esteja envolvida nos processos e protocolos. Só assim será possível estabelecer boas práticas, desde a direção até os colaboradores. 

A cibersegurança precisa estar integrada ao planejamento estratégico da organização. Os gestores precisam enfrentar as dúvidas quanto ao tema, buscar conhecimento para poder então agir de forma consciente contra os incidentes cibernéticos. É importante ter um profissional especializado para coordenar uma equipe na gestão de segurança da informação ou avaliar a possibilidade de contratar uma empresa que faça consultoria para desempenhar essa função na organização. 

Estabelecer regras de segurança da informação são fundamentais para manter o cuidado com os dados e garantir a melhoria contínua. Além disso, a empresa precisa ter a responsabilidade de educar os colaboradores e mostrar através de exemplos o quanto a gestão de segurança pode ser eficaz e ajudar as pessoas como um todo.  

A identificação de riscos junto com gestores e equipes técnicas, pode ser um caminho para manter os parâmetros aceitáveis da empresa. Para isso, o ideal é sempre se preparar para o pior cenário que a companhia pode enfrentar. Criar cenários de incidentes e planos de gerenciamento de crises, podem preparar as equipes para reagir com cautela caso isso ocorra no ambiente real.  

Com o propósito de auxiliar as organizações independente de setor ou tamanho a protegerem seus dados, existe o padrão ISO 27001, que normatiza o sistema de gestão da segurança da informação. A estruturação de processos pode beneficiar as empresas no que diz respeito a segurança de dados, além de oferecer menos riscos para quem investe na organização. 

Para estar de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as organizações da área da saúde precisam aceitar que é necessário o investimento em segurança da informação e cibersegurança. Desta forma, além das empresas mostrarem maturidade corporativa, elas garantem aos clientes e pacientes que estão dentro das normas de segurança e confiabilidade. 

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Sobre Jeferson D'Addario - CBCP, MBCI, CRISC

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Consultor sênior há mais de vinte anos em TI, gestão de riscos e continuidade de negócios, ganhador do prêmio SECMASTER 2006 na categoria “Melhor Contribuição para o Desenvolvimento de Mercado”. Possui mais de 35 projetos de Continuidade de Negócios para empresas líderes no Brasil e Exterior nos últimos dez anos. Certificado como CBCP pelo DRII-USA, MBCI pelo BCI-UK, CRISC pela ISACA, ISO 27001 lead auditor (BSI). Formação em Economia e TI. Foi o responsável por trazer e desenvolver os primeiros cursos de continuidade de negócios oficiais do DRII – Disaster Recovery Institute International para o Brasil em 2005. Desde 2010 é instrutor oficial do DRII e representante executivo para o Brasil. É Membro da ISACA-SP, sendo colaborador na tradução do COBIT 4.1. Possui ampla experiência em Gestão de TIC (ITIL e ISO 20.000) e Govenança de TIC (COBIT, ISO 38500), tendo sido gerente e diretor de TI em empresas nacionais, e participado de projetos de implementação e certificação. Criador, coordenador e professor da Pós-graduação em GTSI - Gestão e Tecnologia em Segurança da Informação, curso DARYUS aplicado na Faculdade Impacta Tecnologia (FIT) – SP/SP, desde 2003, atualmente na turma 15. É sócio-diretor e fundador da DARYUS Consultoria e Treinamento, e atualmente CEO do Grupo DARYUS. Possui ampla experiência em gestão empresarial de negócios, pessoas, educação, gestão de crises, comunicação empresarial, relacionamento executivo e gestão financeira, apoiando executivos de grandes empresas no Brasil em projetos de consultoria. Palestrante, articulista e colaborador em eventos nacionais e internacionais relacionados a GRC, TI, Continuidade e Gestão Empresarial. Foi reconhecido pela Infragard – Califórnia em 2010 pela contribuição na área de segurança da informação para o Brasil. Já lecionou anteriormente para IPEN – Instituto de Pesquisas Nucleares – USP – SP e Instituto Trevisan – SP.

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